Júlio Machado (26-2-1968 )

 

julio machadogreenPoeta inconsútil mas desdobrável e multifacetado, seus poemas refletem uma luminosidade cristalina ou se escondem em escuridão inescrutável, impenetrável. Ou vagam aladamente ou te colocam em terra, firme ou movediça. Sua obra não é categorizável e desafia os adjetivos qualificativos. Malabarista das palavras e frases, quando não é feliz em versejar, faz uso de uma prosa preciosa. Ao leitor recomendamos cuidado nos comentários, visto Júlio ser extremamente sensível e talentoso em réplicas e tréplicas. Faria sucesso nos desafios do cordel e do repente de viola.

Já ganhei de presente um Alfa-Romeo, rosas, uma árvore, mas.... um soneto... é demais. Sem falar da composição fotográfica no Morro do Chapéu – Chapada Diamantina, que sozinha já é um poema. Como geólogos, eu e meu irmão redivivo Hermes Inda nos apropriamos dos dois martelos.

 

TEMPOS REMOTOS (*)

 

A um amigo do Leblon

Cá com meus botões:
Já estive em muitos lugares;
Até ao centro da terra eu já fui,
Com e sem Júlio Verne ...

Já cruzei tanto; tantos olhares ...
Convivi com Loucos e ditos normais,
Já me vi em tantas situações,
Já me trajei de tolerante pra ser social.

Mas agora, aqui nesse boteco tive um "insight" ...
Não por culpa dessa boa cachaça.
Tenho a sensação que nunca sai da mesma órbita ...

Sou só mais uma ilha plantada num oceano.
_ "Outra dose dupla, Olavo', por obséquio."
Que saudades das peripécias de tempos remotos

julio morro do chapeu
 

Foto selecionada por J.M. apud
http://www.panoramio.com/photo/9665160

***

A um amigo de Florianópolis

***

ESPAÇO A SER OCUPADO POR UM SONETO

***

(*) Publicado em Vagar Alado, blog de Júlio Machado

4 comentários:

Jullio Machado disse...

Meu generoso amigo, Luis Alfredo, te dei um pequeno mimo e você faz isso comigo: Uma caprichosa menção no seu sagrado espaço "Ditos Bem Ditos".
Estou muito honrado com essa homenagem. Se, um dia, eu vir a publicar um livro de poesias, pode ter certeza que procurarei publicar, no prefácio, as suas gentis palavras, se assim você permitir.
Eu não sei mais o que dizer por você ter me agraciado desta forma.
Genuinamente, meu muitíssimo obrigado, magnificente amigo do Leblon: Luis Alfredo Moutinho da Costa.
Bem ditos Abraços!!

Jullio Machado disse...

Meu caro Amigo, Luis Alfredo,
...

Até o mais rígido dos corações se rende a essa declaração.
Obrigado por dedicar e por fazer chegar esse "achado" até a minha pessoa.
É muito bom ser seu amigo.
Valeu, meu amigo. Valeu desde que amanheceu!

Luis Alfredo Moutinho da Costa disse...

De Unindo Sonhos e Retalhos, postado em 15/11/2011
Querida US&R.
Pena que não sei seu nome. Venho agradecer suas palavras sobre o poema de Vinicius recitado pelo Ricardo Boldrin, que vc gentimente, docemente, suavemente postou na página do Gimarães Rosa, de meu blog Ditos Bem Ditos. Tomei a liberdade de copiar aquele Comentário, dando-lhe o devido crédito, claro, para a página do Júlio Machado, para quem havia enviado o referido poema.
Estou agora a seguir seu Blog, após breve mas profundo passeio por ele. Seus textos e ilustrações mudaram totalmente meu conceito de Artesanato. Passe a enxergá-lo, sim, como uma forma de arte, uma singela manifestação do espírito criativo.
Um forte abraço de admiração

Luis Alfredo Moutinho da Costa disse...

Dear US&R
Estranho. Retornei ao mjeu blog e vi que vc retirou o comentário a que me refiro acima.
Abrtaços interrogativos