Thomas Stearns Eliot (1888-1965)
Poeta modernista, teatrólogo e crítico literário, nascido nos EUA e naturalizado inglês.
Em 1965, motivado por um longo prefácio de Eliot no livro Selected Poems, de Ezra Pound, passei por trechos de sua obra-prima – Four Quartets (1) e The Waste Land (1922), livros que justificaram o prêmio Nobel de literatura em 1948. Waste Land é considerado por muitos o melhor poema do séc. XX. É dedicado a Pound com a frase “il miglior fabbro” (o melhor artesão). Posteriormente, li outras poesias e algumas das cartas trocadas com Ezra Pound.
Contudo, Eliot se encontra por aqui por causa de seu livro “Old Possum's Book of Practical Cats” (1930) (2), descoberto por coincidência e acaso em um livraria de Londres, em 2000, um dia depois de eu e Ligia termos assistido um dos mais famosos musicais da história da Broadway – Cats (3). Com exceção da canção Memory, o livro é o libretto da peça. Eliot sabia tudo sobre gatos. Outros que dissertaram com maestria sobre esses felinos, são: Júlio Cortázar, com seu livro de contos Orientação do Gatos, John Davies, e seu Garfield (4) e Ayrton Macedo (5).
No poema The Naming of Cats, o poeta conta e canta que os gatos devem ter três nomes diferentes. Abaixo, transcrevemos o final, que fala do último e inominável nome. Quem os conhece fica assim sabendo em que está pensando seu gato naqueles momentos de “imensa contemplação”.
The Naming of Cats (final) |
But above and beyond there's still one name left over, | Mas acima e além, existe um nome guardado, |
(2) “Old Possum”(Velho Gambá) – apelido dado por Ezra Pound.
(3) In 1954, o compositor Alan Rawsthorne musicou seis de seus poemas, em uma peça intitulatada Practical Cats. Após a morte de Eliot, esse trabalho serviu de base para o musical, Cats, de Andrew Lloyd Webber. Sua estréia se deu em Londres, em 1981, e foi consagrada por mais de vinte anos em cartaz na Broadway (ver Wikipedia).
(4) O gato Garfield, de John Davis, é a estrela de uma dos quadrinhos mais famosos da história, sendo publicado em mais de 2000 jornais de todo o mundo.
(5) O blog de Ayron Macedo nos ensina muito sobre gatos e aponta que o escritor argentino Julio Cortázar era louco por gatos. Entre seus livros deixou-nos um, de contos, intitulado “Orientação dos gatos”. Mais que isso, Cortázar teve um gato ao qual se referiu em sua obra. O escritor deu a ele o nome pomposo do filósofo alemão Theodor Adorno.
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