Arthur Dapieve (1963- )



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Escritor, jornalista, crítico musical, erudito sem ser pedante, com humor ponteagudo, e autor de inúmeros ditos bem ditos.
Quem, como eu, poeta alternativo e eventual, não tentou descrever ou poemar sobre essa palavrinha encantada – Amor? Pois bem, Dapieve, inspirado em um olhar de Saramago em Pilar, conseguiu condensar em uma única frase um verdadeiro tratado sobre o assunto, Inigualável. O resto é redundância.
Amar é olhar a bunda da própria mulher
A frase acima está no final de crônica (*) publicada em O Globo, em 01/11/ 2010, sobre o filme-documentário de Miguel Gonçalves Mendes – José e Pilar.
 
“Noutra cena, Saramago está prestes a ser entrevistado por uma rádio espanhola . Pilar se debruça sobre ele, no escritório de Lanzarote , para ajeitar o telefone e os pesados fones de ouvido . Consciente da presença da câmera , ele disfarça , dá uma olhadinha para a bunda da mulher , dá-lhe uma palmadinha , continua a olhar de soslaio , fazendo-se de sonso.
É isso. Amar é … olhar a bunda da própria mulher
Pensem nisso! Pensem além da frase, pois ela é metáfora de todos os extremos, atravessando rotas variadas entre o amor-paixão e aquele amor eterno e amadurecido entre dois, não importando a idade, ele sempre atento à bunda dela!
Conheço outra versão que é um plágio-paráfrase do dito original:
Amor é quando o marido ainda olha a bunda de sua mulher! (2010)
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(*) Ler o texto na íntegra.
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1 comentários:

Jullio Machado disse...

Genial essa poética definição do amar é...", por Arthur Dapieve.
Peço licença ao mesmo e a você Luis Alfredo para fazer a seguinte adaptação:

Amar é... secar a bunda da própria mulher ,e, não (só) de umas e outras qualquer.

Grande abraço!