Entre os inúmeros ditos ouvidos de Pérola destaco essa jóia perolínica, lacanianosa e provocante, bem ela com seu humor maneiro. e inteligente.
Foi publicado em 1988 (Cadernos de Psicanálise, Ano 7, No 10) Ato ou Pérola em Um Ato”
Livres Atos e Ações (Estava ‘ato’a na vida) | ||
Eu ato Tu atas Ele ata Nós atamos... | ||
Mais vale um ato na mão Do que dois voando... E por ai vai, infinitamente Infindo ato da mente. Mas o ato não mente. Jamais. A palavra, sim. Essa mente. | ||
E como! Comum-mente | ||
E dói. Na mente, no corpo e na alma Quando quem, brincando com as palavras | ||
Esquece o que fala E de quem fala E a fala sem ato, é falação. | ||
É isso: fala a ação. | ||
O ato é, pois, ligação. E o ato, sem fala, será atuação? | ||
A fala e o ato, atualmente, estão em Contraposição. Haja visto o “ato-falho”, Que de falho não tem nada. Jamais confundir atos-falhos Com bugalhos. O que de fato falhou Foi a fala, que na falação Revelou a verdade, que não pode ser falada | ||
E o falo? Ah! Desse eu não falo Porque começa a virar falação, (Atenção! Cuidado com a revisão!) Falar do falo Implica na questão do “gozo”, | ||
E como falar do gozo, se só existe gozo No “Ato”? | ||
E o resto, é gozação |
Pérola Akerman.
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