Em 1989 estava na Guiné Bissau quando recebi uma carta de minha irmã Maria Antônia, onde a ela declarava ter lido a “mais linda declaração de amor por telefone”, em a História do Cerco de Lisboa. Não foi difícil conseguir o livro na ex-colônia portuguesa e, mais fácil ainda foi confirmar. Só que “linda” ainda é pouco. A longa declaração precede o inevitável — a primeira noite de Raimundo Silva com Maria Sara. Não se faz mais uma primeira noite como aquela. E ninguém conseguirá descrever outra igual. São três páginas do mais singelo lirismo erótico (Sim! Isto é possível).
Provoco aquí o futuro leitor com alguns fragmentos e murmúrios das últimas linhas desse primeiro encontro:
“Parecia que o mundo exterior se pusera à espera de um milagre novo, porém ninguém deu por ele quando aconteceu, aquí,...quando pela primeira vez gemeram juntos...Oh,... Que nada no futuro seja menor do que isto..., o quarto estava escuro. Acende a luz, disse ela, quero saber se isto é verdade” |
3 comentários:
Maravilhoso...tem que amar muito para sentir um prazer tão sublime!!!
Beijos,
Mathilde Thompson
Ele era:
Belo, Bom e Verdadeiro...
Mais beijos!
Não ouço essa trilogia platônica há 40 anos
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